Ludibriados Noturnos

Calo-me cheia de mistério
Torno a face ao meridional, pálpebra cerrada
É pra achar que fujo do teu julgo,
Sei que teus olhos apaixonados não veem a errata

Ouço às vezes seus sussurros na alvorada
Lembrança de soluções febris e taciturnos
Paixão vezes branda, vezes profana
Ludibriados noturnos, sonhos noturnos

Carimbei na memória teu olhar
A mesma manhã nublada
A mala da viagem

O lascivo aroma do almíscar
Enquanto uma xícara do teu veneno era suplicada
Nascia no quintal a bromélia selvagem.

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